Projecto para Hospital na Década de 1930
No seu relatório referente a 1938, Mais um Passo: A Assistência no Distrito de Vila Real, o governador civil Assis Gonçalves divulgava o projecto de um novo hospital para Chaves, que nunca chegou a ser construído, da autoria do atelier ARS. Este atelier do Porto integrava os arquitectos Cunha Leão, Morais Soares e Fortunato Cabral, e vinha desenvolvendo uma arquitectura modernista em vários pontos do norte do país.
Referindo que a comparticipação do Estado para tal obra já havia sido solicitada, o governador civil acrescentava que as diligências relativas à concretização do projecto se encontravam a cargo do Dr. Manuel Vaz, presidente da União Nacional em Chaves.
Esta obra inseria-se num plano mais vasto de reforma e reorganização corporativista do distrito, que previa a implantação de quatro zonas de assistência (Alijó, Chaves, Régua e Vila Real) e a criação de cinco internatos de assistência aos desamparados em cada uma dessas zonas.
Assim, cada zona de assistência passaria a ter uma maternidade, uma creche-lactário, uma escola agrícola de artes e ofícios (excepto Alijó), uma escola de donas de casa e uma casa dos anciãos e inválidos.
A zona de assistência de Chaves abrangia os concelhos de Boticas, Chaves, Montalegre e Valpaços.
O mesmo relatório refere ainda que a creche-lactário de Chaves se encontrava em conclusão e que a escola de donas de casa passaria a ocupar o edifício do antigo hospital da Misericórdia logo que o novo hospital estivesse concluído.
Note-se que, ainda segundo o relatório, as diligências para construção do novo hospital de Chaves tinham sido iniciadas logo em 1935, no primeiro ano do plano de assistência, e que em 1936 a Junta de Província havia concedido já um subsídio de 50.000$00 para esse fim, a que se seguiu novo subsídio de 20.000$00 em 1938.