É uma imagem que até não tem muitos anos, e nem tería grande importância ou relevância se não fosse a famosa história da muralha desabada, esta casa que vê à direita, já não existe desde 2001.

No Blog "ChavesI", foi editado um artigo cujo tema era o rio, acompanhado de uma bela foto, e fez-se referência ao antigo parque de campismo. Pois bem cá está o dito cujo nesta imagem, até era um espaço bem bonito com bastantes arvores, mas com o passar dos anos tornou-se exiguo e obsoleto face às necessidades, foi "transferido" para a Quinta do Rebentão perto de Vidago.

Já nada disto existe, estas casas de rés-do-chão, deram lugar a prédios, que do mal o menos, não são muito altos, do outro lado da rua é "sem comentários", estas construções estavam bastante degradadas e sem grande interesse arquitectónico, esta rua está bastante diferente.

Descobertas pelos romanos no tempo do Imperador Tito Flavio Vespasiano, estão na origem do nome da cidade "Aquae Flavie", as "Caldas" em linguagem flaviense. Só a partir dos anos 50, e por influência de um ilustre flaviense chamado Mário Gonçalves Carneiro, se começou a fazer um exploração mais condizente com as qualidades das suas águas, com a construção de actual Pavilhão e um pequeno balneário.

Há 35 anos por esta altura, o Largo das Freiras(e não só), estava todo "pintadinho" com este belo manto de neve, recordo-me perfeitamente desta nevada, alem disso, morava a muito poucos metros deste local, mais precisamente atrás do "Sport" com entrada pela rua da Trindade. Mais uma foto gentilmente cedida por Carlos Alves, um flaviense ausente como eu, mas tambem sempre aqui presente na blogosfera.

Embora haja imensas fotografias antigas desta praça, esta imagem é um pouco diferente, e mostra-nos a provavel traça original do antigo Paço dos Duques de Bragança. Consta-se que este edifício foi mandado construir no século XIV por D. Afonso, 1º Duque de Bragança, genro de D.João I, para sua residência, sendo posteriormente transformado em quartel até 1959, há já algumas decadas que serve de museu e alguns serviços camarários.

Outra das tais imagens que não chegou aos nossos dias nas melhores condições, mas é uma fotografia rara e bastante interessante, parte do baluarte seiscentista ainda lá se encontra, para os observadores menos dotados, só para terem uma ideia mais precisa da localização desta foto, mais ou menos à esquerda da imagem, encontra-se o Coreto, mas não sei o mesmo já existia, dado que o Jardim Público tería nesta altura 10 anos de existência, no máximo.

Era assim a então vila de Chaves, até mais ou menos às decadas de 30/40, em especial nesta zona, poucas eram as construções fora das muralhas seiscentistas, nos anos 50 é muita coisa se alterou por aqui, foi feito um aterro, para dar lugar às chamadas avenidas novas.

Embora não seja uma imagem muito antiga, são bem visiveis as diferenças, pouco resta destes belos quintais que aqui vemos nesta fotografia, deram lugar a prédios que do mal o menos, não os fizeram muito altos, os armazens da Câmara tambem já foram demolidos, para dar lugar a um parque de estacionamento.

Este balneário foi construido na altura das tais transformações feitas no final dos anos 40, já nesta epoca, as Termas eram muito procuradas pelos aquistas, procura essa que foi aumentando de tal maneira que obrigou à construção de novas instalações no final dos anos 60, no início dos anos 70 estas instalações foram substituidas pelas actuais.