A maioria das pessoas, e eu às vezes não sou excepção, tem uma clara tendência para criticar tudo (ou quase tudo) que é actual, e enaltecer tudo o que é passado, pois bem meus caros conterrâneos, esta imagem contraria totalmente essa tal tendência que anteriormente referi, não há comparação possível, actualmente este local está muito mais apresentável.
Foto de Dinis Ponteira.

Mais uma de autoria de Dinis Ponteira para recordar. Tal como as anteriores, não são ainda muito antigas mas dão bem para ver as transformações a que a cidade foi sujeita nos últimos 30 anos.

Mais um bela relíquia da "nossa" rua do Sol, olhando para o lado direito, as diferenças em relação à actualidade não são muitas, para o lado esquerda é que as diferenças já são mais notórias, a começar pelo "mamarracho" que a Autarquia e o I.P.A.R., autorizaram. Nas Escadas do Postigo das Manas, tanto quanto sei, não autorizam a construção de um edifício alto porque está muito próximo da muralha, e acho muito bem, e aqui na esquina
da rua do Tabolado, não está próximo da muralha? Vá lá a gente perceber isto !!!
Foto de Dinis Ponteira.

Outro local que está tambem bastante diferente, em especial do lado direito da imagem, e há um pormenor, entre outros, que a mim pessoalmente me chama à atenção, que é o pavimento em paralelepípedo, de Inverno era uma autêntica armadilha para os automobilistas, do lado esquerdo da foto, poucas são as diferenças em relação aos dias de hoje. Autor da foto: Dinis Ponteira.

É neste casos que se costuma dizer que é como do dia para noite, esta bela imagem foi tirada do outro lado do rio mesmo ao lado da "Ponte Nova", sendo bem visíveis as traseiras da antiga Pensão Reina e suas casas vizinhas, segundo o autor da foto (Dinis Ponteira) foi tirada um pouco antes de se demolir todo este casario.
Autor da fotografia: Dinis Ponteira

Foto de Dinis Ponteira.

Embora a imagem seja do Século passado, não é tão antiga assim. Terá aí uns trinta e tal anos. No entanto, para quem não conheceu este local a sua localização não é fácil, porque a realidade actual é bem diferente. Onde é afinal este local?

Resta-me agradecer ao Dinis Ponteira o ter partilhado connosco esta e outras fotos que em breve aqui serão publicadas.

A história da nossa cidade não é feita só de fotografias. Sei que a fotografia antiga é interessante, mas e embora já tivéssemos feito vários apelos para que nos sejam disponibilizadas fotografias para aqui serem partilhadas, o facto é que elas raramente aparecem.

Enquanto novas fotografias não aparecem, a partir de hoje e, de vez em quando, vamos fazer algumas incursões autárquicas aleatórias à vida da cidade do século passado. Às mais curiosas, às mais interessantes. Claro que vamos continuar a publicar fotografias, enquanto as houver, contem connosco.

Então hoje vamos até ao dia 28 de Fevereiro de 1941 em que a autarquia de então decidiu fazer alguns pagamentos, que ficaram registados em acta:

1 – A Fernando dos Santos Adão, de Chaves, a quantia de 15$00 de aluguer de uma bicicleta para o picheleiro ir a Vilarelho da Raia compor fontanários.

2 – A Augusto César, de Chaves, a quantia de 75$00 pelo frete de automóvel para, com o engenheiro e vereador irem verificar as obras do cemitério de Sanjurge.

3 – A Manuel Abreu, de Chaves, a quantia de 20$00 do aluguer de um cavalo para o picheleiro ir a Paradela compor os fontanários.

E passe a publicidade, a recolha desta informação foi e será feita no livro Incursões Autárquicas, de Firmino Aires, onde reúne algumas actas da Câmara Municipal desde 10-08-1860 a 29-12-1960.

Quando olhamos para esta foto com a lógica de hoje e vemos aquele anexo acrescentado ao Castelo, achamos qué é uma autêntica agressão ao património histórico, mas muito provavelmente esta obra de ampliação foi feita ainda no século XIX, e até 1959 era aqui o Quartel que à data desta foto tería a designação de Regimento de Infantaria 19.

Mais uma foto das Caldas, esta de um ângulo um pouco invulgar, à esquerda vê-se uma estrutura (pergola) algo semelhante à que existia no Jardim do Bacalhau, à direita está o anterior Pavilhão Termal, e assim era este local até meados dos anos 50.

A avaliar pelo tamanho das árvores, esta fotografia será no máximo da segunda década do século XX, porque ao que se consta, o Jardim Público começou a ser construido em 1901, aliás, um dos últimos artigos do Blog "Chaves I" aborda precisamente esse tema, e aquela pequena linha de água que entra pelo jardim a dentro, sería muito provavelmente o fosso que rodeava o baluarte da muralha seicentista que por aqui existia.