Já no tempo da Ocupação Romana que Chaves era um local importante, daí se ter justificado a construção de uma ponte e se ter ligado à rede de estradas do Império Romano. Após a queda do dito Império, vieram as Invasões Bábaras, depois a Ocupação Arabe, o Condado Portucalense e consolidação deste, dando origem ao Reino de Portugal. Ao longo de todos aqueles periodos da História anteriormente mencionados, Chaves foi sempre um local muito cobiçado, por isso houve a necessidade de defender esta importante Praça, a gravura que aqui vemos era a Chaves Medieval, tendo como limite a nascente a Rua da Cadeia, e a poente a Rua do Poço, o troço de muralha que vemos em primeiro plano, ainda lá está parte dela, na Rua do Postigo das Manas.

Esta imagem já tem quatro (4) décadas, embora todos este edifícios lá continuem, a verdade é que este local já foi fustigado ( e de que maneira!!!) pela desertificação humana e a consequente degradação, tirando 2/3 edifícios, o resto até dá dó, a antiga Pensão Comércio está em ruínas, o prédio à esquerda junto às escadas, a todo o momento pode ruir, a fármacia já não mora aqui. Já aqui foi falado e concordo inteiramente, se demolissem todas as casas do lado esquerdo, devolver-se-ia à Ponte a sua traça original.

Tendo como embrião a equipa dos "Lobitos" no 1º Torneio de futebol de 5 realizado em 1968 nos BVSP, só no ano seguinte, em 1969, é que começou a ter a designação de "Tagus". Esta era a versão de 1976, em cima esq/drt: Tomás, Toni Madureira, Carlos Gomes, Jime e Manuel Madureira, em baixo: Carlos Madureira, Tora, Chambila, Mané e Julio Nascimento. Foto gentilmente cedida por Carlos Madureira.

Já não é a primeira vez, nem será a última, que se fala da importância do Tâmega, desde o fornecimento de água, "máquina de lavar roupa", e local de lazer. Dos três (3) pontos anteriormente falados, o 1º, há várias decadas que caiu em desuso por causa da construção das barragens, o 2º, penso há mais ou menos 2 decadas que deixamos de ver senhoras a lavar roupa no rio, quanto ao lazer, depois da era do "Lombudo" e do "Redes", aparecem as gavoitas e a pesca desportiva. Quanto à pesca desportiva, é bom que se saiba que a introdução de espécies para esta actividade, vai destruindo, ou até se calhar já destruiu toda a fauna nativa do Rio. Ainda outra coisa que esta imagem me faz lembrar, eram os "magalas" que em em trânsito no então B.C.10 para partirem a Guerra do Ultramar se recreavam nestes barcos.

É uma das zonas da cidade que quase nada tem ver em comparação com esta imagem, desde o cruzamento das ruas do Tabolado e Sol até ao Pavilhão Termal, as alterações foram totais. Este local que aqui vemos, manteve-se assim até ao início dos anos 80. Mais uma foto que "ChavesAntiga" agradece ao Sidónio "Nibito".

Até 1949, foram vários os clubes que existiram em Chaves, mas todos eles com breves existências, excepto o Atlético. Fundado nos anos 20, resistiu até 1949, data em que foi feita a fusão com o Flávia Sport Clube, dando origem ao Grupo Desportivo de Chaves. Quanto aos craques, em cima, esq/drt: Zé Bandeira(g.r.), Zeferino, Riconcas, Chico Barrosão, Galar e Libório. Em baixo: Flávio "Larufas", Esteves, Artur Barreira, Barrocas e Lelo Galego. Foto gentilmente cedida por António Ferreira de Carvalho.

Há imagens que são autênticos documentos históricos, esta é uma delas, é que nesta época, a Rua de Sto. António tinha vida em "full-time", porque quando ao final da tarde fechavam os imensos estabelecimentos comerciais que por aqui existiam, havia depois o "turno da noite", porque existia Cine-Teatro, Ibéria, Comercial, e.... moradores. Há aqui um pormenor que a mim pessoalmente me chama à atenção, a "Chapelaria Primor", actividade que há muito entrou em desuso. Mais uma bela foto que o "ChavesAntiga" agradece ao Sidónio "Nibito" a sua cedência.

Quantos de nós flavienses, e quantas não foram as vezes que das nossas idas ao Cine-Teatro de Chaves nos cruzamos com estas pessoas, e inclusive, recorremos aos seus serviços. Reconheço praticamente todas estas pessoas, mas apenas consigo indentificar duas (2) delas. O "ChavesAntiga" agradece ao Sidónio "Nibito" a cedência desta bela foto.

Tal como no artigo anterior se fez referência, cá está uma das duas (2) lápides cravadas na Muralha Medieval, através da fotografia apenas consigo decifrar uma data-1682-, o que é seguramente bem posterior à muralha, o que eu pessoalmente não sei, é do que se trata, penso que só há duas (2) hipóteses, ou é algo comemorativo de algum facto histórico importante, ou algo que celebra a memória de alguém tambem importante.

Em primeiro lugar, para os flavienses menos atentos ou menos conhecedores destes "becos", vamos localizar o sítio: para se ter acesso a este local, tem que se entrar pela Rua da Trindade, e o tal pedaço de Muralha Medieval que se vê à direita é precisamente por baixo do antigo edifício da PSP, era aqui um dos limites da Chaves Medieval, existem rente e ao chão duas (2) pedras com uns dizeres gravados, os quais, não sei se estão escritos em Latim ou Português arcaico.