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CHAVES ANTIGA

chaves.antiga@sapo.pt

CHAVES ANTIGA

chaves.antiga@sapo.pt

1973, futebolada na Lapa.

17.07.07 | hpserra

 

Este, era praticamente o único local onde os "putos" podiam jogar à vontade, sem serem molestados pelo "Parreco",  "Perrichon", "Curalha", Eugénio, Tenente Isaque, Chefe Oliveira...etc. Na lógica de hoje, é simplesmente ridículo a Polícia perder tempo com este tipo de coisas, mas naquela altura, tinham pouco que fazer, então, toca a chatear os "putos". Nesta epoca, pavilhões ou polidesportivos, eram simplesmente uma miragem, por isso, aproveitavam-se estes "cantinhos" todos,.... nada mau!!

Quatro "cantinhos" de antigamente.

16.07.07 | hpserra

 

Quatro (4) imagens diferentes, em diferentes locais da Cidade,  a menos antiga, é de cima do lado esquerdo, mas mesmo assim, terá mais de quatro (4) décadas. Em qualquer uma delas, as diferenças são bastante notórias,  a Avenida Nun'Alvares (cima/esquerda) ainda com bastantes clareiras, os antigos balnearios (baixo/esquerda) que logo á nascença eram provisórios, e assim o foram durante trinta (30) anos, e antes de serem demolidos ainda serviram de instalações do Ginásio Clube durante alguns anos,  a Avenida António Granjo (cima/direita), é a apresenta menos diferenças em relação à actualidade, e finalmente, a Miguel Torga (baixo/direita) era muito bonita, aquelas àrvores (plátanos) formavam uma espécie de túnel, que não só a embelezava, como dava uma sombra muito densa e fresca, mas lamentavelmente teve que ser adaptada aos dias de hoje, pelo que seu alargamento implicou o derrube dessas mesmas árvores, é pena, mas não se pode ter tudo

Igreja de Nª Sra. da Azinheira, Outeiro Seco.

15.07.07 | hpserra

 

Este Monumento, juntamente com a Igreja Matriz,  é um dos belos exemplares da Arquitectura Românica, e esta invulgar imagem mostra-nos alterações posteriores, e nada bem conseguidas, diríamos mesmo infelizes, alias, aconteceu infelizmente um pouco por quase todos monumentos, na maior parte dos casos no século XIX,  já há várias decadas que lhe foi devolvida a sua provavel traça original.

 

 

Praça General Silveira, 1952.

14.07.07 | hpserra

 

Realmente, caros conterraneos, não gostamos de ser "chatinhos", repetitivos, mas somos obrigados a sê-lo, reparem na quantidade de árvores que aqui havia, a sombra densa que as mesmas faziam, agora comparem com a actualidade, é claro que neste tempo, sería muito mais agradável permanecer aqui do que nos dias de hoje. Chaves, tem dias no Verão que é autentico forno, portanto, quanto mais árvores melhor, mas enfim, nós é que não percebemos nada disto, somos uns simples humildes servos da Plebe, os "grandes pensadores" que mandam empedrar estes locais é que sabem muito e de tudo. Mais uma bela foto da Colecção Particular do Dr. Reis Morais gentilmente cedida ao "ChavesAntiga".

Desp. Chaves-0 Benfica-1, epoca de 1985-86.

11.07.07 | hpserra

 

Foi a epoca da estreia do Desp. Chaves na I Divisão e a primeira visita em jogos oficiais do Benfica a Chaves, o Municipal Flaviense a abarrotar pelas costuras, 25.000 espectadores,  o SLB então comandado pelo inglês John Mortimore venceu por 1-0 com golo apontado por Nunes, o resultado pouco importou, por que o mais importante foi festa do Futebol. Em primeiro, vêm-se Maniche e Raul Sousa, lá mais atrás, reconhecem-se Néné e Vivas, e na baliza de Desportivo, João Fonseca.

 

" Foto gentilmente cedida por Raul Sousa.

Feira dos Santos, 1952.

10.07.07 | hpserra

 

Uma bela e rara fotografia da já provavelmente centenária Feira dos Santos, tendo como primeiro plano o Monumento aos Mortos na I Guerra Mundial e o Carrossel, lá mais atrás, ainda que mal se veja, estavam os "carrinhos de choque", ainda não existia aqui o Jardim Escola João de Deus. Mas voltando à Feira dos Santos propriamente dita, que segundo dizem alguns flavienses residentes, perdeu um pouco o encanto de outrora, embora outros afirmem que está viva e bem viva, bom, opiniões à parte, deliciem-se com esta bela fotografia da Colecção Particular do Dr. Reis Morais, gentilmente cedida ao "ChavesAntiga" para publicação.

António Granjo

09.07.07 | blogdaruanove

 

António Granjo (1881-1921) foi um flaviense cujo republicanismo  se manifestou ainda antes da implantação da República. Durante a incursão de 8 de Julho de 1912 integrou a força de voluntários civis que defendeu a vila do avanço dos "paivantes" ou "trauliteiros", como eram popularmente conhecidos os monárquicos . No decorrer da I Grande Guerra ofereceu-se como voluntário para a frente de batalha. Sobre essa experiência, anotou:

 

   "Parti de Chaves, com o 1.º Batalhão de infantaria 19, na noite de 20 para 21 de maio de 1917, com destino a Lisboa, onde embarquei, em direcção a Brest, no dia 27 do mesmo mês." (António Granjo, A Grande Aventura, c. 1918, p. 5)

 

   Depois da guerra, defendeu denodadamente o regime republicano durante a crise da Monarquia do Norte, em Janeiro e Fevereiro de 1919. Em Julho de 1920 foi indigitado, pela primeira vez, como presidente do ministério. Aludindo à fragilidade dos ministérios da época, O Século Cómico (2 de agosto de 1920), dedicou-lhe a caricatura e os versos que se reproduzem abaixo. António Granjo acabou por ser barbaramente assassinado durante a "Noite Sangrenta", a 19 de Outubro de 1921, quando presidia pela segunda vez ao ministério.

 

 

 

Episódios da Incursão Monárquica de 1912

08.07.07 | blogdaruanove

 

   D. João de Almeida (datas desconhecidas) foi o prisioneiro monárquico mais ilustre dos combates de 8 de Julho de 1912. A sua detenção ocorreu de forma inusitada, quando se dirigia sózinho de Outeiro Seco para Chaves.  

   O livro O Ataque a Chaves, de Joaquim Leitão (1875-1956), foi publicado em 1916 e uma das passagens da narrativa menciona o seguinte episódio:

 

   "E a marcha continuou já bem alumiada pelo dia claro. A Columna marchava affoita. Aquelle silencio religioso, que a madrugada favorece, fôra despedido pelo rumor da vida dos campos. De quando em quando, um laconico dialogo se travava entre dois homens da Columna. Havia praças que projectavam:

   – "Vamos almoçar a Chaves!"

   Um soldado do pelotão Braz, o "Ferrador" pediu-lhe logo ali licença para ir almoçar a Chaves, onde já estivera servindo em infantaria 19.

   – Pois, vae, e encommenda-me lá um beaf de cebolada, á portuguêsa, em casa da Marranica [ nota do autor: "Carcunda que tinha uma taverna de afamada cozinha."]  – acedeu o alferes Braz.

   O soldado prometeu, muito satisfeito:

   – Quando o meu alferes lá chegar, já o beaf ha-de estar prompto.

   – Pois a mim – disse o João Chamusca, soldado do pelotão Saturio – cheira-me a que vou ter um almoço d'aço!..."

 

D. João de Almeida escoltado por militares republicanos na vila de Chaves.

 

   Logo que em Chaves se conheceu o conteúdo deste livro, começou a circular pela vila uma anedota que perdurou durante algum tempo na tradição oral de várias famílias flavienses. Para explicar o insólito da captura passou a referir-se o dichote: "Pois, o D. João queria era ser o primeiro a comer o bife..."

   Este gracejo não passa disso mesmo e não tem obviamente qualquer fundamento histórico, uma vez que o episódio relatado por Joaquim Leitão se desenrolou na coluna de Paiva Couceiro, que se aproximava de Chaves por Soutelinho da Raia, enquanto D. João integrava a coluna que se aproximou de Chaves por Vila Verde da Raia e Outeiro Seco.

 

Danos do bombardeamento monárquico na fachada da antiga Tipografia Mesquita, no Largo do Anjo.

  

Vila Verde da Raia, 8 de Julho de 1912

08.07.07 | blogdaruanove

 

   A bandeira republicana a ser  novamente hasteada no posto aduaneiro de Vila Verde da Raia, cuja guarnição da Guarda Fiscal havia debandado perante a aproximação de uma coluna monárquica.

   O grosso das forças monárquicas era constituído pela coluna de Paiva Couceiro (1861-1944), que tinha bivacado a 7 de Julho na região de Soutelinho da Raia, de onde avançou para o espaldão da Carreira de Tiro.

   Existia contudo uma outra coluna, a do capitão  Mário de Sousa Dias (datas desconhecidas), que bivacara no mesmo dia junto a Feces de Abajo e entrou por Vila Verde da Raia e Outeiro Seco, em direcção a Chaves.

   Pelas 16H00 já os elementos sobreviventes da coluna de Paiva Couceiro se haviam refugiado no pinhal da Cocanha, na margem direita do Tâmega, para proteger a retirada.

   Note-se a projecção das sombras, que indicia ter este hasteamento ocorrido ao início da tarde. 

  

Anuário de Chaves

07.07.07 | blogdaruanove

 

Entre as várias publicações periódicas que surgiram em Chaves durante  século XX, o Anuário de Chaves merece destaque particular. Publicação de que apenas se conhecem seis números (registo coincidente com o depósito legal na BNL), foi editada entre 1950 e 1955. A capa do número 3 (correspondente ao ano de 1952) apresenta já a Ponte Nova, num desenho da autoria de A. Palmeira que perdurou até ao último número.

 

 

O anuário era da autoria de Carlos Palmeira (1893-1960) e tinha a direcção técnica de António Manuel Pereira (1921-2000). Contou com vários colaboradores que durante décadas marcaram a cultura flaviense, embora muitos deles tenham hoje caído no esquecimento –  Artur Maria Afonso (1882-1961), Maria de Montalvão Cunha (1907-2000), Pe. Adolfo de Magalhães (datas desconhecidas), Alípio de Oliveira (datas desconhecidas) e João da Ribeira (pseudónimo do Pe. João Vaz de Amorim, 1880-1962).