Cédula de 1 centavo emitida pela Câmara Municipal de Chaves, no final da década de 1910, ou início da década seguinte. Ilustrações de A. Moraes, provavelmente o consagrado artista Alfredo de Morais (1872-1971).

Na imagem de cima note-se a decoração neo-manuelina característica do final do século XIX e princípios do século XX que, como se sabe, não tem expressão significativa em Chaves. Note-se ainda a assinatura do general Ribeiro de Carvalho, presidente da câmara.

Na imagem de baixo note-se a inclusão do Colar da Torre e Espada a circundar o brasão da, então, vila de Chaves, distinção concedida para sublinhar a resistência flaviense à incursão monárquica de 1912.

Para alguns dados sobre outras cédulas emitidas em Chaves, consulte: http://chavesantiga.blogs.sapo.pt/134989.html e http://chavesantiga.blogs.sapo.pt/228151.html.

A Pensão Caldas, atualmente, Hospedaría Caldas, resisitiu aos ventos de mudança, talvez dada a sua proximidade com as Termas, porque as Pensões: Dorinha, Rito e Imperial, já há muito que fecharam as suas portas. Pensamos que este velho rótulo será da decada de 1960, e há uma particularidade nesta pequena unidade hoteleira, possui uma nascente de água termal, o que aliás, existem algumas um pouco por toda a cidade, como aquela encontrada nas ruínas do balneário termal recentemente encontrado no Arrabalde.

Mais uma bela foto de um ainda belo local, mas poderá considerar-se como o princípio do declínio, declínio esse, que terminou com o seu encerramento temporário em 2006/07,  sendo entretanto submetido a obras de restauro/requalificação, essa intervenção, foi alvo de críticas de muitos flavienses, em particular nesta chamada de Avenida Central, a sua característica sombra densa e fresca durante o Verão, uma opinião bastante consensual.

Autor da foto: Dinis Ponteira.

Com estas imagens, estamos a recuar no tempo quatro (4) décadas, no mínimo, a bomba de gasolina da SACOR, marca desaparecida em 1975, tal como a GAZCIDLA e a SONAPE, para dar lugar à nacionalizada GALP, eram os famosos tempos do P.R.E.C.. Quanto à Avenida D. João I, que naquela época era conhecida por Reta de Outeiro Juzão, e cujo o pavimento era em paralelepípedo.

A Torre de Menagem, que os flavienses popularmente lhe chamam Castelo, tem, ao longo dos setecentos (700) de existência, sido alvo de várias alterações ou intervenções, e algumas delas, muito infelizes e desastrosas, em particular, aquela que teve lugar em finais da década de 1930/início de 1940, para ampliação do então quartel. Este belo e antigo postal em sépia, será anterior às famosas ( leia-se desastrosas) obras anteriormente referidas.

Festa de finalistas da Escola Industrial e Comercial de Júlio Martins, Chaves, no início da década de 1940.

Esta fotografia terá sido tirada nas traseiras do Restaurante Jorge ou nas traseiras do Cine-Parque e do antigo Café Comercial, que então ocupava o Palacete Botelho.

Por razões óbvias, é mais provável que a imagem tenha sido registada neste último espaço.

Mais uma bela relíquia fotográfica, daquelas que nos deixa a tal lágrima no canto do olho, como se diz na gíria, queimavam-se os últimos cartuchos, ou seja, meia dúzia de anos depois, em 1990, desativáva-se* a Linha do Corgo em quase toda a sua extensão, sobrando apenas o pequeno troço Peso da Régua- Vila Real.

* Palavra escrita de acordo com o novo acordo ortográfico.

   Foto de Dinis Ponteira.