Fotografia de finais da década de 1950, princípios da década de 1960.
Como o Fernando Ribeiro e o Humberto Serra têm vindo a referir sempre que reproduzem uma imagem desta praça, trata-se de um dos mais belos recantos do centro histórico e um dos que mais transformações tem sofrido ao longo do último século.
Há uns anos atrás, nesse mesmo centro histórico, houve uma tendência para picar algumas fachadas, retirar rebocos ou pinturas e expor o granito das estruturas, devolvendo aos edifícios, supostamente, o seu aspecto original.
Depois, deixou-se que essa tendência alastrasse a algumas praças. E o resultado foi uma cidade cinzenta, granítica e lúgubre. Recentemente, a cor tem voltado às fachadas do centro histórico, tornando a cidade mais luminosa.
Seria este também o momento para que se considerasse a reimplantação estratégica de algumas manchas verdes, fixas, nesses espaços da cidade. Não é absolutamente imprescindível que sejam árvores. Mas talvez também não se justifique que continuem a ser apenas canteirinhos amovíveis ou sazonais.