O "ChavesAntiga" foi ao bau buscar esta bela e invulgar relíquia fotográfica que muito provavelmente será dos primórdios da existência do Caminho de Ferro em Chaves,  talvez seja ainda da década de 1920. O velho e  saudoso "Texas", que durante cinquenta e seis (56) anos (1921-77) circulou, e de que ainda hoje tanto se fala e se recordam histórias e até fábulas, quanto ao local desta imagem, supomos que será junto ao antigo Matadouro Municipal, em baixo será a passagem de nível sem guarda que existia à entrada do Bairro da Vàrzea.

Um pouco no seguimento do "post" anterior, isto é, ainda a propósito de locais com mais intervenções/alterações, hoje vamos falar da Praça da República que até 1910 teve o nome de Praça D. Carlos I. Esta foto será da segunda ou terceira década do século XX, ainda sem o Pelourinho, que nesta altura se encontrava em frente aos Paços do Concelho, a Torre dos Sinos da Igreja Matriz com um visual que nada tinha a ver com sua traça original, e lá mais atrás o famoso Olmo e ainda o atual Museu da Região Flaviense tambem com o seu tamanho original de um (1) só piso. Para terminar, infelizmente há um denominador comum nestas  intervenções, é a substituição de espaços verdes por empedramentos...... Freiras, Anjo, Praça de Camões e Termas.

Foto cedida por João Araujo da FOTOPRIMAVERA.

Um belo postal colorido artificialmente e já centenário,  em comparação com a atualidade, este local está quase irreconhecível, apenas a Ponte Medieval que nos dias de hoje se encontra atrás do Pavilhão Termal serve como referência, alías, as Termas, é um dos sítios de Chaves que mais intervenções/modificações conheceu.

Esta imagem, já centenária, mostra que nesta altura, a então vila de Chaves pouco se tinha espandido para lá das muralhas seiscentistas, aqui neste postal, e no que toca à margem direita do Tâmega apenas vemos algumas construções nas Longras. E por falar em muralha, repare-se no enorme pano que ia do Forte de S. Francisco ao Arrabalde, que nesta altura estava praticamente intacto, e que aos poucos foi sendo danificado, sendo a última infeliz intervenção na década de 1980 aquando da construção da mamarracharía  na Rua do Olival/Quinta dos Machados, do que resta hoje, poderá dizer-se que são pequenas mantas de retalho.

Uma bela imagem já centenária do Arrabalde que assim se manteve até cerca do ano de 1950, data em que o Mercado Municipal ("Praça") se mudou para a Rua do Olival e em seu lugar ser construido o Tribunal, pode ver-se tambem na direção do poste de iluminação pública um edifício que foi demolido já na década de 1980, onde agora se encontra uma instituição bancária.