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CHAVES ANTIGA

chaves.antiga@sapo.pt

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Pelos 125 anos da Associação Flaviense de Bombeiros Voluntários

11.10.14 | António Alves Chaves

3.ª Parte

 

É considerada Instituição de Utilidade Pública por decreto de 27 de Janeiro de 1928. É por esta altura, 1928/29, que se dão grandes mudanças na corporação, por imperativo do momento político que então se vivia, implantação do Estado Novo, com a aprovação de novos estatutos e regulamento, sob o comando de António Pinto Saldanha.

  

  

A 14 de janeiro de 1930, a direção envia um ofício à câmara pedindo licença para a construção de um quartel, no Largo General Silveira (Jardim das Freiras). As obras tiveram início em 1930 e o seu término a 1931, sendo seu comandante Álvaro Ramos Padrão.

 

 

Durante o ano de 1931, esta corporação foi agraciada com duas condecorações: uma atribuída pelo Ministério do Interior “pelos relevantes serviços prestados em 42 anos de existência”; outra pelo presidente da República com a “Ordem Militar da Cruz de Christo”.

 

 

Também, pela câmara municipal, na pessoa do seu presidente, Engenheiro Branco Teixeira, aquando do seu centenário (1989), foi agraciada com a Medalha de Ouro do Concelho “pelos muitos e relevantes serviços prestados à comunidade flaviense”.

 

 

Em 1939, são comemoradas as bodas de ouro.

O poeta Artur Maria Afonso, pai de Nadir Afonso, escreve um soneto assinalando a efeméride:

 

Aos Bombeiros
(na festa do seu 50.º aniversário)
 
Passam na rua e sua fêsta agóra,
Em cortêjo de dúlcia beleza!...
Do sól, a rósa, tá bem alto acêsa,
Mais não encanta pelos longes fóra!
 
N'este dia solene, n'esta hóra,
Meu coração enternecido réza
Perante os sentimentos de grandêza
Que tem sua missão consoladôra!
 
Bandeiras desfraldádas, cintilantes,
Corações altruístas satisfeitos
Vão espalhando emoções vibrantes...
 
De livre arbítrio socorrendo irmãos
Na obra meritória de seus feitos,
Têmos sómente que beijar-lhe as mãos!

 

A 25 de novembro de 1944 é tornado público o hino desta associação, escrito e pautado pelo 1º cabo do Batalhão de Caçadores 10, António de Assis.

 

 

Nos anos 50, regressaram as crises, por motivo de promoções, sendo solucionadas, superiormente, pela Inspeção do Norte. Nesta ocasião a corporação tinha no seu ativo 50 bombeiros.

 

 

Quanto a instalações/quartéis a corporação teve:

1ª - Na Câmara Municipal, em condições muito precárias;

2º - Na rua 1º Duque de Bragança (hoje Cândido dos Reis/Olival), às Amoreiras (inaugurada a 11 de maio de 1899, num barracão)

 

  

3º - Nas instalações da Escola Conde Ferreira, à Lapa, tendo sido inaugurada, após obras de adaptação, a 3de fevereiro de 1909,

 

 

4º - No Largo General Silveira (inaugurado em 1930/31), um quartel novo

 

 

5º - No Campo da Fonte, inaugurado no ano de 2001, propriedade da Associação.

 

A título de curiosidade, publicamos a reprodução do Livro de Ordens, datado de 1889

 

 

 

 

Fica a promessa de um regresso a este tema se novos dados relevantes aparecerem relativos às décadas de 50 e 60.